Tudo o que acaba em nossa vida dá início a um processo de luto. Ou seja, o luto não acontece apenas quando alguém importante morre. Ele também ocorre após uma demissão, uma aposentadoria, o fim de um curso universitário (perda da condição de ser aluno) e com o término de relacionamentos.
Quando nos separamos de um parceiro amoroso, precisamos ressignificar uma parte importante de nossa vida. É preciso lidar com os vazios: o vazio da cama, da mesa de jantar, do sofá… agora, não há mais mensagens ou ligações. Temos que aprender a lidar com o passar das horas nos fins de semana. Preencher esses vazios leva tempo e exige um trabalho de elaboração dessas perdas. Muitas vezes, é necessário rearticular nossos sonhos e projetos de vida.
Então, como superar o fim de uma relação? Obviamente, como tudo o que diz respeito ao fenômeno humano, não há um manual. No entanto, algumas estratégias podem ajudar:
- Entenda que, num primeiro momento, o distanciamento é fundamental. Manter contato pessoal ou por mensagens dificulta o processo de “funeral” da relação.
- “Espiar” a vida do(a) ex nas redes sociais ou tentar obter informações por meio de conhecidos não trará nenhum benefício. Somos sempre tentados pela curiosidade de “saber como ele(a) está”. Se constatamos que o outro seguiu a vida e parece estar bem, ficamos mais deprimidos ou enraivecidos.
- É importante pensar em formas de preencher o vazio deixado pelo outro em nossos dias. Planeje os fins de semana e retome o convívio com amigos e familiares, que podem ser uma valiosa rede de apoio.
- Está tudo bem sentir raiva daquele que nos deixou. A raiva é um sentimento essencial e inerente ao luto. Sem ela, não conseguimos nos separar emocionalmente do outro.
- A psicoterapia é uma aliada importante na elaboração de lutos. Através do processo psicoterápico, podemos ressignificar nossa vida e nossa existência sem o outro que se foi.
